Histórico do bairro

O nome Fradinhos surgiu por volta de 1750. Na época três frades jesuítas (o francês Pierre de Bergue, o espanhol Alessandro e inglês Honeley) moravam num grotão, que hoje é conhecido como Sítio Todos os Santos. Durante o reinado de D. João I, dois frades foram repatriados pelo Marquês de Pombal, ficando apenas Honeley. Ainda nesta época, um garoto que morava nas redondezas ficou muito doente e seu pai fez uma promessa de que se ele melhorasse, o vestiria com um frade. O menino se recuperou e a promessa foi cumprida, passando, então, a vestir-se como um frade e sendo reconhecido como fradinho do grotão. Daí o nome do bairro até hoje. Existe outra versão para justificar o nome do bairro, que refere-se ao Pico Frei Leopardi (Pedra dos Dois Olhos) que, quando visto de um ponto a sudeste, se assemelha a um padre encapuzado. A área só começou a ser realmente ocupada na década de 70, quando os herdeiros da família Monjardim, Varejão e Dalma Almeida, este último proprietário da maior gleba, cerca de 100 mil m², começaram a lotear o local. Em 1973, a COHAB construiu algumas casas - uma Vila, o que contribuiu para movimentar a área. Fradinhos foi criado pela lei nº 1.689/66.

Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Vitória.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

LIVRO GRÁTIS: ECONOMIA NUMA ÚNICA LIÇÃO


Este livro poderia se chamar "economia para leigos", se tantos especialistas não ignorassem seus ensinamentos. Em linguagem simples e direta, Hazlitt demonstra claramente o raciocínio econômico, aplicando-o a alguns dos principais temas de política econômica e desfazendo enganos e falácias recorrentes no debate público.

Em sua longa e produtiva carreira, o jornalista americano Henry Hazlitt (1894-1993) escreveu para os principais periódicos americanos e publicou cerca de 25 livros, desde um romance até tratados de economia e filosofia moral. Foi um dos primeiros a escrever em inglês sobre a Escola Austríaca de economia. Qualquer que fosse o tema, expressava-se sempre de forma clara e precisa. Talvez por isso, conquistou uma rara combinação de reconhecimento acadêmico e grande sucesso comercial.

Para baixá-lo ou lê-lo online clique aqui: http://www.ordemlivre.org/Henry+Hazlitt+Economia+numa+unica+licao.



Educar é desensinar com o propósito de superar preconceitos e intolerância.
FRANK H. KNIGHT

Trechos:

Este livro é uma análise das falácias da economia, hoje tão correntes que se tornaram quase uma nova ortodoxia. A única coisa que impediu que isto ocorresse foram suas próprias contradições, que dispersaram os que aceitam as mesmas premissas e criaram uma centena de diferentes "escolas", pela simples razão de ser impossível, em assuntos referentes à vida prática, ser coerente com o erro. Mas a diferença entre uma nova escola e outra está, simplesmente, no fato de um grupo despertar mais cedo que outro ante os absurdos a que suas falsas premissas o estão conduzindo e, nesse momento, tornar-se inconsequente, quer abandonando-as involuntariamente, quer aceitando conclusões delas decorrentes menos inquietantes ou menos fantásticas que as que a lógica exigiria.

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Ao analisar as falácias, julguei mais aconselhável reconhecer méritos que citar nomes, individualmente. Se fosse citá-los, deveria render justiça especial a cada autor criticado, com transcrições exatas, e considerar a ênfase peculiar que dá a um ou a outro ponto, às qualificações que faz, ambigüidades pessoais, incoerências etc.

Espero, portanto, que ninguém fique desapontado com a ausência, nessas páginas, de nomes tais como Karl Marx, Thorstein Veblen, Major Douglas, Lord Keynes, Prof. Alvin Hansen e outros. Não é propósito deste livro expor erros peculiares a determinados autores, e sim erros econômicos mais freqüentes, generalizados ou influentes.

Quando atingem a fase popular, as falácias tornam-se praticamente anônimas. Eliminamos sutilezas ou obscurantismos encontrados nos autores mais responsáveis por sua propagação. Uma doutrina é simplificada; o sofisma de que tenha permanecido enterrada numa rede de qualificações, ambigüidades ou equações matemáticas torna-se patente. Espero, portanto, não ser acusado de praticar injustiça, sob a alegação de que uma doutrina em voga pela forma por mim apresentada não é precisamente a que Lord Keynes ou algum outro autor formularam. Estamos aqui interessados nas crenças que grupos politicamente influentes aceitam, e com as quais agem os governos, e não nas suas origens históricas.

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CAPÍTULO I
A lição

A ECONOMIA é mais assediada por falácias que qualquer outro estudo conhecido pelo homem. Tal fato não é acidental. As dificuldades inerentes ao assunto seriam, em todo o caso, bastante grandes; são, entretanto, mil vezes multiplicadas por um fator insignificante na física, matemática ou medicina: alegações especiais de interesse egoístico. Conquanto qualquer grupo tenha interesses econômicos idênticos aos de todos os demais, cada um tem também, conforme veremos, interesses opostos aos de todos os outros grupos. Enquanto certa política governamental procuraria beneficiar todo mundo a longo prazo, outra política beneficiaria apenas um grupo, à custa dos demais. O grupo que se beneficiasse com esta política, tendo nela interesse direto, achá-la-ia plausível e pertinente. Contrataria os melhores cérebros que pudesse conseguir, para dedicarem todo o tempo na defesa de seu ponto de vista. E acabaria convencendo o público de que o caso é justo ou o confundiria de tal modo, que se tornaria quase impossível formar, sobre ele, um juízo claro.

Além desses infindáveis argumentos relacionados ao interesse próprio, há um segundo fator principal que todos os dias semeia novas falácias. É a persistente tendência de os homens verem somente os efeitos imediatos de determinada política ou seus efeitos apenas num grupo especial, deixando de averiguar quais os efeitos dessa política a longo prazo, não só sobre esse determinado grupo, como sobre todos os demais.

É a falácia de menosprezar consequências secundárias. Nisso talvez esteja toda a diferença entre a boa e a má economia. O mau economista vê somente o que está diante de seus olhos; o bom economista olha também ao seu redor. O mau percebe somente as conseqüências diretas do programa proposto; o bom olha, também, as conseqüências indiretas e mais distantes. O mau economista vê somente quais foram ou quais serão os efeitos de determinada política sobre determinado grupo; o bom investiga, além disso, quais os efeitos dessa política sobre todos os grupos.

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