Histórico do bairro

O nome Fradinhos surgiu por volta de 1750. Na época três frades jesuítas (o francês Pierre de Bergue, o espanhol Alessandro e inglês Honeley) moravam num grotão, que hoje é conhecido como Sítio Todos os Santos. Durante o reinado de D. João I, dois frades foram repatriados pelo Marquês de Pombal, ficando apenas Honeley. Ainda nesta época, um garoto que morava nas redondezas ficou muito doente e seu pai fez uma promessa de que se ele melhorasse, o vestiria com um frade. O menino se recuperou e a promessa foi cumprida, passando, então, a vestir-se como um frade e sendo reconhecido como fradinho do grotão. Daí o nome do bairro até hoje. Existe outra versão para justificar o nome do bairro, que refere-se ao Pico Frei Leopardi (Pedra dos Dois Olhos) que, quando visto de um ponto a sudeste, se assemelha a um padre encapuzado. A área só começou a ser realmente ocupada na década de 70, quando os herdeiros da família Monjardim, Varejão e Dalma Almeida, este último proprietário da maior gleba, cerca de 100 mil m², começaram a lotear o local. Em 1973, a COHAB construiu algumas casas - uma Vila, o que contribuiu para movimentar a área. Fradinhos foi criado pela lei nº 1.689/66.

Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Vitória.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Parque Ecológico da Pedra dos Dois Olhos em Perigo!

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA
Por : Felipe da Silva Vago, cidadão de Vitória

Sou morador de Vitória desde que nasci, há 25 anos atrás e como todo jovem da região de Maruípe, tive a oportunidade de escalar a Pedra dos Dois Olhos por várias vezes (a última neste domingo, 24-05-09).

Então, venho aqui expressar minha profunda tristeza com a situação de total abandono, a qual se encontra o Parque Natural Pedra dos Olhos, que foi criado pelo então prefeito, Luiz Paulo, sob o Decreto Municipal nº 11.824, de 22 de dezembro de 2003. Este parque, foi criado em conjunto com a Faculdade CESV. Na época, me lembro bem dos projetos que seriam implantados na região e que não se tornaram realidade.

A escalada à pedra que dá nome ao parque por si só já era difícil. Ficou ainda mais complicada ao ter seu acesso pela Av.Cel. José Martins de Figueiredo fechada para a construção da guarita do campus. Tivemos então que subir por uma rua no bairro Fradinhos, com trechos muito íngremes e com a trilha sendo totalmente tomada pelo mato em alguns trechos.

Após conseguirmos acessar a trilha principal, aos pés da pedra, não vimos sinal algum de trabalhos de proteção ambiental. A vegetação predominante ainda é a mata atlântica, mas em alguns trechos já podemos ver vegetação rasteira, que se aproveita de queimadas para se expandir. Na entrada da fenda que nos leva ao cume, não foi feito nada com relação à segurança e muito menos proteção ambiental. Com paredes cheias de pichações e lixo deixados pelos "visitantes", fica claro que aquele local não é preservado coisa nenhuma. Contamos com improvisos, como madeiras, cordas e outras coisas para nos dar um pouco de suporte para subirmos.

No topo, mais pichações, garrafas pet, sacolas e até roupas femininas velhas (!).

Quando descemos, a fim de explorarmos os olhos que dão nome ao monumento natural, descobrimos que os cabos de aço que davam segurança ao acesso foram retirados por alguém. Este fato, quando não faz o "visitante" desisitir da aventura, o traz riscos de acidentes!

Então, para irmos embora, decidimos tentar encontrar algum caminho que nos levasse a alguma rua de Tabuazeiro. Para minha surpresa, ao passar por trás da obra da faculdade, o que vi foi um esqueleto de um prédio com instalações ainda em fase inicial. O que aconteceu? Por que o projeto do parque não foi à frente? Por que a faculdade, que provocou danos ambientais ao local, parou suas obras (pelo estado, isso já faz um bom tempo)? E como podemos deixar aquele monumento menos sujo e depredado e também mais seguro para escaladas? Não é possível que tenha sido feito um decreto, para deixar aquele local do mesmo jeito (ou até mesmo pior) do que estava há 10 anos atrás!

O que pode ser feito para ele sair do papel? Não me digam que proibirão as escaladas, isso seria autoritarismo. Queremos condições de fazê-lo e também que o local seja realmente preservado.

Espero que meu comentário os faça refletir um pouco, com relação ao local citado.

Felipe da Silva Vago -Vitória-E.S.

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