Histórico do bairro

O nome Fradinhos surgiu por volta de 1750. Na época três frades jesuítas (o francês Pierre de Bergue, o espanhol Alessandro e inglês Honeley) moravam num grotão, que hoje é conhecido como Sítio Todos os Santos. Durante o reinado de D. João I, dois frades foram repatriados pelo Marquês de Pombal, ficando apenas Honeley. Ainda nesta época, um garoto que morava nas redondezas ficou muito doente e seu pai fez uma promessa de que se ele melhorasse, o vestiria com um frade. O menino se recuperou e a promessa foi cumprida, passando, então, a vestir-se como um frade e sendo reconhecido como fradinho do grotão. Daí o nome do bairro até hoje. Existe outra versão para justificar o nome do bairro, que refere-se ao Pico Frei Leopardi (Pedra dos Dois Olhos) que, quando visto de um ponto a sudeste, se assemelha a um padre encapuzado. A área só começou a ser realmente ocupada na década de 70, quando os herdeiros da família Monjardim, Varejão e Dalma Almeida, este último proprietário da maior gleba, cerca de 100 mil m², começaram a lotear o local. Em 1973, a COHAB construiu algumas casas - uma Vila, o que contribuiu para movimentar a área. Fradinhos foi criado pela lei nº 1.689/66.

Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Vitória.

terça-feira, 12 de maio de 2009

AGU entra com mandado contra prédios na Enseada

Fonte: A GAZETA
12/05/2009 - 00h00 ( - A Gazeta)

Maurílio Mendonça - mgomes@redegazeta.com.br

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um mandado de segurança contra o prefeito de Vitória, João Coser, e o secretário de Desenvolvimento da Cidade, Kléber Frizzera. O órgão federal quer anular a decisão do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano, presidido por Frizzera, e a homologação do prefeito em relação ao projeto Water Front.

Segundo o procurador federal Estevão Santiago Pizol, procurador-chefe substituto da AGU, o documento aprovado pelo conselho e pelo prefeito não pode ser considerado por não ter respeitado o pronunciamento técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a legislação e a Constituição Federal.

O mandado de segurança contra Coser e Frizzera foi enviado ontem à Justiça Federal. "Sendo acatado o pedido, além de anular tudo que já foi aprovado, a prefeitura e o conselho terão que levar em consideração todos os documento do Iphan para dar continuidade à discussão, além de avisar a AGU sobre tudo", explica Pizol.

Visão prejudicada 
foto: Divulgação
Vitória Water
Reprodução do projeto Water Front, em Vitória.Veja a galeria de fotos

No documento apresentado à Justiça, Pizol e o também procurador federal Dalton Santos Morais defendem que o projeto Water Front impede a visão do Convento da Penha a partir de alguns bairros de Vitória. "O Convento e a região em volta é protegida como patrimônio histórico desde setembro de 1943. A visão dele não pode ser prejudicada", frisa o procurador-chefe substituto.

Eles alegam, ainda, o erro do Conselho Municipal ao resolver avaliar o Water Front no PDU de 1994, não pelo de 2006. 

"Esse condomínio é um novo projeto e não uma mera alteração. Sendo novo, deve ser avaliado pelo novo PDM", defende Pizol. O mesmo foi questionado pelo promotor estadual Gustavo Senna, há dois meses. Hoje, ele aguarda uma decisão da Justiça em relação à ação cautelar que abriu contra Coser e Frizzera.

Empresários sem informação sobre pedido 

A Prefeitura de Vitória informou que prefere não se comunicar enquanto não receber uma notificação oficial referente ao pedido de mandado de segurança feito pela AGU. Segundo o consultor imobiliário do empreendimento Water Front, José Luiz Kfuri, os proprietários também não receberam informações sobre o pedido da AGU. "Não consigo entender o motivo para tanto questionamento". Kfuri avalia que tudo que vem sendo dito são provocados por equívocos. "As pessoas ainda estão se baseando com os dados do projeto inicial. O que está confundindo as avaliações. Já fizemos as alterações pedidas e ainda vamos buscar dados referentes aos impactos ambiental e urbano", diz. 

O que muda no projeto 
Confira como era o condomínio na Enseada do Suá e como ele vai ficar

Nova Cidade 

Projeto: foi apresentado em 2005 e previa a construção de 13 prédios residenciais, de até 19 andares cada, ao lado do Shopping Vitória, na Enseada do Suá

Impacto: para moradores da região e Ministério Público, o empreendimento inicial causaria grande impacto urbano e comprometeria o patrimônio histórico ao criar barreira que prejudicaria visão do Convento da Penha

Water Front 

Projeto: com um novo nome e algumas alterações, volta a ser analisado pela prefeitura. Agora, a proposta é de que sejam construídos seis prédios, dois deles com 28 andares e outros quatro com 30 andares. Serão construídos 730 apartamentos e 1.991 vagas de estacionamento

Impacto: os construtores argumentam que o novo projeto possibilita mais oxigenação, por reduzir o número de torres de 13 para seis, além de garantir a visualização do Convento. O Iphan prepara uma nova avaliação sobre o projeto, mas o Ministério Público já se manifestou contrário, afirmando que a proposta vai causar grande impacto urbano na região.

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